terça-feira, 4 de maio de 2010

“L’Auberge Espagnole”



encontrei esta foto...é de mim ou está parecida?


Finalmente no outro dia juntamo-nos alguns para fazer o que desde que cá chegámos queríamos fazer. O clássico: “- temos mesmo de fazer isto” e depois…passaram-se 8 meses desde que disse isto pela primeira vez.

Mas então, vimos o filme “L’Auberge Espagnole” e teve a sua graça…  Teve graça ver os locais, Urquinaona que nas primeiras semanas nem sabíamos pronunciar e que agora soa ao mesmo que Trindade. As ruas que do Bairro Gótico de que nos queixamos sempre, do lixo, do cheiro a chichi mas a que nunca deixámos de ir e sentar no chão nojento porque é O Bairro. A parte da confusão com as papeladas também está muitíssimo bem retratada, ainda hoje não tenho o meu cartão de estudante, puff. E alguns dos sentimentos, principalmente o de estranheza do inicio, do local novo, desconhecido e que sinto agora de novo no final ao perceber que esta vai deixar de ser a nossa, a minha cidade. Barcelona entranha-se muito. É uma forma de estar, multicultural, aberta, reivindicativa. Festiva mas comprometida.

Hoje está muito dispersa a minha escrita, mas tanto tempo sem escrever…. Bem tudo isto para partilhar que este filme me irritou mais que agradou, me irritou porque para além de me ter puxado a ponta de nostalgia que eu não queria que aparecesse, não já. Mais que isso deu uma visão de Erasmus com uma conotação super sexual. No fundo é apenas mais um exemplo de como os modelos que a "cultura mercantilista" nos passa são de facto vazios e superficiais. Agradeço muito os bons modelos que tive, de pessoas que sabem estar, ser calorosas, divertidas mas que principalmente se adaptam aos diferentes ambientes em que estão sem deixarem de ser fieis a si mesmas, sem se venderem.

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